...e assim caminha a humanidade...

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quinta-feira, 1 de maio de 2008

[MovRev] Karate Kid III - O Desafio Final

(The Karate Kid - Part III)

Directed by John G. Avildsen

Em time que está ganhando não se mexe, verdade? Aparentemente, Hollywood pensa dessa maneira até hoje; e nos anos 80 não era diferente, muito menos nos 90. Alguns exemplos são as franquias decaídas de Batman (também, depois de Batman & Robin...), Rocky (Tommy Gun???), e bem, Karate Kid. O único problema é que o público sempre exige mais e se algo não for feito, perde-se de goleada e dá-se adeus ao campeonato.

Metáforas a parte, se o primeiro filme da trilogia era bom, o terceiro é exatamente o oposto, muito ruim, até mesmo perto do segundo longa, que não era lá essas coisas. Nada do que está presente nos outros filmes é possível de se ver aqui: nenhum treinamento exótico do Sr. Miyagi, nenhuma Elisabeth Shue, nenhum Ralph Macchio magrelo com cara de medo, nenhuma aura iluminada de Pat Morita.

Aqui, Ralph Macchio continua magro, mas com a cara redonda feito lua cheia, no melhor estilo André Marques. Perdeu seu jeito de moleque e agora precisa se esforçar muito para convencer como o adolescente que luta caratê, afinal de contas, não é sempre que um ator de 28 anos engana como um garoto de 17.

Após voltar do Japão com Sr. Miyagi (Pat Morita), Daniel LaRusso (Ralph Macchio) resolve não entrar na faculdade para abrir uma loja de bonsais com o velho mestre. Porém, John Kreese (Martin Kove) está de volta e, junto com Terry Silver (Thomas Ian Griffith), pretende derrotar Daniel-san e seu tutor no próximo campeonato local de caratê. Quando Daniel se recusa a entrar no campeonato para competir contra o badboy do caratê, Mike Barnes (Sean Kanan), Silver arma uma cilada para que ele lute e seja humilhado na frente de todos. Depois de muita enrolação, Daniel convence Miyagi a treiná-lo para que possa defender seu título no tatame.

Não existem cenas de confrontos como nos outros dois filmes. Daniel-san é apenas um coitado que precisa defender seu título frente Barnes. Menos química impossível. E, além de tudo isso, ele toma um cacete imensurável mas, no final, como todo bom filme de mocinhos e bandidos, ele vence. Ops, contei o final? Vá por mim, você não perderá nada!

Apesar do primeiro filme, inspirado por sinal, da série e o sucesso de Rocky - Um Lutador, com Sylvester Stallone, o diretor John G. Avildsen também foi o responsável pelos dois opostos de ambas franquias: os muito ruins Karate Kid III e Rambo V. Vai explicar uma coisa dessas para o meu avô...

Apenas por curiosidade, o filme recebeu 5 indicações para o Razzie Awards, conhecido como a premiação para os piores do ano: 1) pior ator para Ralph Macchio, 2) pior ator coadjuvante para Pat Morita, 3) pior roteiro para Robert Mark Kamen, 4) pior produção para Jerry Weintraub e 5) pior direção para (quem mais?) John G. Avildsen. Vejam só... [sorriso irônico].

Os personagens não têm carisma, a trama é barata, não existe emoção e motivação para se gostar do filme. E nem, ao menos, consegue-se aproveitar os dois protagonistas, que foram tão bem no primeiro longa. Dessa maneira, não é possível se fazer uma produção boa. Talvez, se tivessem parado no primeiro filme, as coisas não tivessem saído tanto do prumo. E, outra, se você acha que o terceiro é ruim, espere para ver o quarto... ou melhor, nem veja. Ao menos, Hilary Swank aprendeu como não se fazer um filme. Sem mais comentários.

Nota: 2/10

Felipe Edlinger
01 de maio de 2008

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