...e assim caminha a humanidade...

"Não tenha medo da perfeição. Você nunca vai atingí-la." (Salvador Dali)
"Et quacumque viam dederit fortuna sequamur." (Virgílio)
"Always think about a coloured tequila sunrise life." (Felipe Edlinger)
"Foda-se a balada, o que importa é a companhia." (Felipe Edlinger)
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quarta-feira, 30 de abril de 2008

[MovRev] Eu, Meu Irmão e a Nossa Namorada

(Dan in Real Life)

Directed by Peter Hedges

Peter Hedges é um roteirista de mão cheia, capaz de gerar humor (mesmo que um tanto quanto absurdo e, às vezes, negro) de situações trágicas e intimidadoras. Bons exemplos são os ótimos trabalhos Gilpert Grape - Aprendiz de Sonhador (baseado em romance do próprio Hedges), Um Grande Garoto (baseado em romance de Nick Hornby) e este Dan in Real Life (recuso-me a utilizar o nome brasileiro).

Aproveitando para comentar, mais uma vez, a tragédia que são alguns nomes de filmes "traduzidos" para o português. Eis aqui mais um nome estapafúrdio para um filme muito bom, uma pena. O nome em inglês transmite muito mais informação do que o adotado para os nossos cinemas, que ficou reduzido a uma comédia de Sessão da Tarde.

Para mudar de assunto, vamos falar sobre o pequeno gênio que é Steve Carell. Quando ele repercutiu um pouco mais, com trabalhos mais expressivos (O Âncora, O Virgem de 40 Anos), as comparações com um certo Jim Carrey foram inevitáveis, porém, apesar da semelhança física entre eles e o gênero comédia, existe um discernimento muito grande entre as qualidades de um e outro. Enquanto Jim Carrey é um cara que prima pelo exagero, pelas caras e bocas, pela risada forçada e por situações extremamente engraçadas, Steve Carell é o outro que faz comédia sutil, distinta e para poucos apreciadores (felizmente, não são tão poucos assim); ele produz um humor camuflado, o que torna difícil para pessoas que não têm senso de humor tão afiado reconhecer seu talento.

O humor de Carell chega até a ser um humor depressivo, em certos casos, sempre com situações complicadas do dia-a-dia como pano de fundo. É só relembrar um de seus maiores sucessos, para averiguar a afirmativa, em Pequena Miss Sunshine. Ele não chega a ser um comediante sarcástico ou irônico por natureza (mas consegue), mas sim alguém que parece cansado de forçar a barra e simplesmente soa como comédia, sem trejeitos, sem maniqueísmos. O que, na vida real, deveria ser um senhor porre.

Dan Burns (Steve Carell) é um sujeito que rala, escrevendo para uma coluna de jornal, para criar as três filhas sozinho, desde que a mãe delas faleceu. Quando eles vão se reunir com a família toda na casa de férias dos avós, como fazem todos os anos, ele conhece a linda Anne-Marie (Juliette Binoche) em uma livraria e imediatamente se apaixona por ela, e vice-versa, o que o faz abnegar sua consciência para quaisquer outras coisas. Porém, ela acabou de sair de um longo relacionamento e já está comprometida com outra pessoa... que, no caso, vem a ser o irmão de Dan, Mitch (Dane Cook), que está perdidamente apaixonado por ela. Quando o amor floresce novamente na vida de Dan, ele passa a se comportar de maneira totalmente imprevista, tal qual um adolescente, porém, sem a impetuosidade de um. Ele procura pensar como um adulto e considerar as consequencias de seus sentimentos para seu ambiente familiar. Porém, nem tudo é possível de se esconder.

Juliette Binoche continua linda e parece não envelhecer nunca. Ao longo de 25 anos de carreira e mais de 40 filmes, ela permanece como um ícone de beleza do cinema francês, esbanjando charme e luz, inclusive em produções americanas, como esta. E, com o perdão da palavra, ela continua muito gostosa (hottieeeee!!!). Ela somente cai um pouco do pedestal perante a presença perturbadora da gata Emily Blunt, a Emily de O Diabo Veste Prada, com seu jeito despojado e sensual, que mexe com os brios da francesa.

Ao mesmo tempo que Dan in Real Life é uma comédia que precisa ser lida nas entrelinhas, este filme também é um drama sentimental de muito bom gosto. Leve, com a pitada certa de romance e angústia, que culminam nas complicações que a união deles traz à vida. Nada de melodramas, exageros ou situações constrangedoras. Simplesmente, a vida.

Porém, não é sempre que a nossa vida é o centro do universo. Alguns dizem que devemos nos doar mais aos outros, outros dizem que devemos nos dar um pouco mais de atenção. Acredito que deva ser um balanço entre valores. Ponto.

Muitas vezes, vemos o que está somente em nossa frente e não aquilo que está do lado, ou ao lado. Como já diria alguém famoso, tudo é relativo, e como diria alguém não tão famoso, podemos não ser ninguém no mundo mas, com certeza, somos o mundo de alguém. Para outras pessoas, pequenos gestos podem não valer nada, para outras, tudo; seja o simples fato de poder dirigir aos 17 anos, apaixonar-se perdidamente aos 15, ou receber atenção aos 11.

Cabe, a cada um de nós, perceber essas pessoas e vê-las como gostaríamos que nos vissem: com anseios, desejos, sonhos e necessidades de felicidade, seja ela como for.

Nota: 7.5/10

Felipe Edlinger
30 de abril de 2008

[Cool] Charlie Brown in Manga Style

Quem não conhece Charlie Brown e Snoopy, por favor, levante a mão! Pelo visto, todo mundo conhece.

Um desenhista conhecido apenas como gNAW resolveu redesenhar os famosos personagens de Charles M. Schultz, porém, em estilo de mangá, as histórias em quadrinhos japonesas, que tanto fazem sucesso aqui no Brasil.

Apesar de, em minha singela opinião, ser impossível alguém se igualar a Schultz, com algumas exceções como Jim Davis (Garfield) e Bill Watterson (Calvin & Haroldo), esse camarada fez um excelente trabalho.

Link: http://gnaw.sheezyart.com/


terça-feira, 29 de abril de 2008

[MovRev] Wimbledon - O Jogo do Amor

(Wimbledon)

Directed by Richard Loncraine

Paul Bettany é um bom ator e sempre teve empatia com o público e, por mais que ele não tente, é o queridinho em suas produções. Ele é um ator bastante mutante, com ar de humor acentuado, como todo britânico (vide Coração de Cavaleiro), e consegue entregar trabalhos igualmente bons como o Silas, de O Código Da Vinci, talvez uma das poucas coisas válidas do filme de Ron Howard, adaptação do livro homônimo de Dam Brown.

Peter Colt (Paul Bettany) é um tenista de segunda categoria, que teve seus dias de glória quando chegou a posição de 11º do mundo no ranking da federação. Pronto para se aposentar e assumir um cargo como diretor de tênis em um clube de campo para ricaços, ele se prepara para participar de seu último torneio em Wimbledon. Os resultados são tão certos, que até seu próprio irmão aposta contra ele quando joga com um adolescente. Porém, ele conhece a bela Lizzie Bradbury, um dínamo feminino nas quadras, com quem começa um leve romance. Contra a expectativa de todos, seu jogo começa a melhorar e ele vê a oportunidade de se despedir em grande estilo. E tudo isso tem apenas uma razão: Lizzie. Mas será que o azarão veterano é apenas mais um que tem seus dias de vencedores, ou realmente vai fazer história em seus últimos jogos como profissional?

A paixão pelo esporte que todo inglês tem é demonstrada de maneira bem clara, especialmente pelo tênis, que tem em Wimbledon, estádio onde se passa a trama do filme, um dos seus maiores (se não o maior) templo da história da modalidade.

O ritmo do filme é rápido, alternando momentos acelerados com outros um pouco mais lentos. A abertura e o fechamento do filme utilizam efeitos especiais de câmera no tratamento da celulóide para inserir o espectador nas partidas, como parte do próprio protagonista, como uma certa consciência, dando uma visão intimista do jogo. Os ângulos inusitados garantem a velocidade do jogo, ao mesmo tempo que as câmeras lentas dão certa dramaticidade aos momentos decisivos.

Aliás, intimista é a interpretação de Bettany, que se digladia o tempo todo com seus próprios pensamentos de derrotado, o que o deixa extremamente confuso e indeciso em todos os momentos. E a maneira como é exposto, transforma em engraçado algo que para atletas pode ser fatídico.

A Narração, utilizada nas partes cruciais do longa, imprime o humor tipicamente britânico de Paul Bettany e de seu personagem, com certo nível de ironia e sarcasmo.

Kirsten Dunst, par romântico de protagonista, sempre foi e sempre será uma das namoradinhas queridas de todos nós. É impossível não simpatizar com uma produção dela, na qual ela faz par com um cara tão bacana e engraçado como Bettany. Ainda mais porque ela transpira graça e sensualidade inocente.

Os dois protagonistas se encontram em ótimo preparo físico, correndo de um lado para o outro, jogando tênis realmente e suando como atletas de verdade. Inclusive, Kirsten aparece com uma ótima silhueta em uma cena de banho (infelizmente, rápida demais).

Jennifer Flackett, co-roteirista, viria a escrever ABC do Amor, um dos filmes mais honestos e simpáticos que já assisti.

Wimbledon - O Jogo do Amor é mais uma comédia romântica que cumpre seu papel: o de entreter. O diretor Richard Loncraine, que não tem em mãos uma obra excepcional, conta com o carisma dos protagonistas. Portanto, não tentou exceder as próprias expectativas e criou um filme simples, porém, eficiente.

Mesmo para os que não são muito fãs do esporte e que não conhecem as regras, a produção agrada e consegue transmitir o êxtase do jogo, de maneira tranqüila, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Apostas, favoritivismos, aposentadorias, parcerias, invejas, farpas e conflitos. Porém, tudo com um certo grau de "café com leite".

Algumas pontas de atores já conhecidos, como Jon Favreau, Sam Neill e James McAvoy, sustentam os papéis de coadjuvantes. E falando em sustentar, a trilha sonora colabora com o ritmo de matinê da produção e carrega a ação e o romance sem nenhum peso contra. Entre os pops de destaque: Ok Go, David Gray, Sugababes, Avril Lavigne e Groove Armada.

Bastante digerível, a trama simples e o final esperado não comprometem o objetivo do filme, aliás, muito pelo contrário, garantem os sorrisos no final da história.

Nota: 6/10

Felipe Edlinger
29 de abril de 2008

segunda-feira, 28 de abril de 2008

[MovRev] Swingers - Curtindo a Noite

(Swingers)

Directed by Doug Liman

Este é o primeiro sucesso do diretor Doug Liman, que provou ser um profissional bastante versátil e adequado para filmes descolados. Depois de Swingers, ele dirigiu o ótimo Vamos Nessa (que está na minha top list), o agitado Identidade Bourne, os dois primeiros capítulos da série super-cool-pop The O.C., o sexy e explosivo Sr. & Sra. Smith, e o viagem Jumper.

Resumindo, Liman é um diretor que consegue ser cool com pouco ou muito orçamento, com elenco conhecido ou não, e produção exacerbada ou apenas correta. Ele produz obras de boa (para ótima) qualidade e não apenas outros filmes bonitinhos.

Confesso que nunca havia visto este Swingers e me pergunto o porquê deste deslize. Talvez porque Vamos Nessa seja um dos meus favoritos e eu não achava que outros filmes do diretor pudessem bater esse favoritismo. Pois bem, eu estava correto. Apesar de Swingers ser um filme bacana, está longe de assumir esse posto das minhas listas.

A linguagem utilizada no filme está mais para uma produção alternativa do que para um blockbuster. Essa é uma boa parte do charme do filme, assim como foi, também, em (adivinhem?) Vamos Nessa, porém com mais dinheiro em caixa e maior inspiração, tanto para a produção quanto para a escolha dos atores.

Jon Favreau, o Pete Becker, namorado milionário de Courtney Cox, na série Friends (e hoje diretor de nada menos que Homem de Ferro), é um cara tímido e inseguro, chamado Mike Peters, que terminou um relacionamento de seis anos há pouco mais de seis meses. Mostra-se com dificuldades extremas para lidar com isso, sempre se martirizando pelo término do relacionamento. Seus amigos tentam reanimá-lo e o levam para um verdadeiro tour pelas noites de Los Angeles: de balada em balada, de bar em bar, de farra em farra.

A ordem do dia é aproveitar a vida e curtir o momento, esquecendo os problemas de hoje e ontem. Swingers é descompromissado e cool, bacana, da hora, massa (essa foi longe!). Não é em nada marcante, mas é tão descolado que passa a ser um daqueles filmes que recomendamos aos amigos para que assistam quando não têm nada para fazer e querem dar uma animada.

A câmera em primeira pessoa, por boa parte das andanças pelas festas da cidade, dá a impressão de que fazemos parte dessa galera de pretensos atores (de candidatos a pilotos de série a rejeitados ao papel de Pateta na Disney), que conta com o próprio Favreau, além de Vince Vaughn (Penetras Bons de Bico, Dias Incríveis) e Ron Livinstone (The Cooler - Quebrando a Banca, Adaptação).

As situações são cômicas quando Vince Vaughn (bancando o boa-pinta, destemido e cara-de-pau de sempre, tipo de personagem que ele parece mais gostar e se sentir bem fazendo) joga muito verde para até colher bem maduro com as mulheres. Pelo oposto, Favreau é o cara que simplesmente pelo fato de abrir a boca, merece tomar um soco na cara. Essa é outra parte da graça do filme.

A trilha sonora de primeira qualidade é leve, rítmica e empolgante, indo de blues ao twist, passando por um swing e free jazz de muita sonoridade. O grande destaque vai para o som da banda Big Bad Voodoo Daddy, que assina ao menos quatro músicas da trilha do filme.

A performance de Favreau e Heather Graham dançando swing é muito bacana e empolga, talvez um dos ápices da produção, assim como todo número musical bem produzido e coreografado. Pelo menos dessa vez o personagem protagonista mandou bem. E, aliás, o filme somente acaba quando isso acontece, quase como um ressurgimento do "mundo dos mortos" (os compromissados) e uma redenção em ótimo estilo, exorcizando sutilmente os demônios (a ex-namorada) de seu personagem.

Outra cena bacana é a discussão sobre quem seria o melhor diretor, Quentin Tarantino ou Martin Scorcese. Com trinta anos de diferença de experiências, Scorcese ganha fácil, porém a referência direta é ao diretor de Pulp Fiction e Cães de Aluguel (dois filmes top 250 no IMDB) com uma cena inteira em câmera lenta onde os amigos andam em direção aos carros, relembrando uma das produções do diretor.

Bacana, também, é a maneira como os amigos tentam se motivar, durante as diversas baladas do filme, chamando uns aos outros de "money" (dinheiro, em inglês). Sintetizando, elas te quarem!
Bem, agora tô vazando, este lugar tá morto mesmo ("now I'm outta here, this place is dead any way")!

Nota: 7/10

Felipe Edlinger
28 de abril de 2008

sexta-feira, 25 de abril de 2008

[MovRev] Karate Kid

(The Karate Kid)

Directed by John G. Avildsen

Karate Kid é, sem sombras de dúvidas, mais um clássico da Sessão da Tarde, da Rede Globo e, claro, da vida de muitos vintões e trintões de hoje em dia. Um filme que encantou gerações, principalmente de adolescentes, mas também de adultos.

É um daqueles filmes que instiga tanto o tele espectador, que o leva a desejar fazer alguma coisa assim como foi demonstrada na produção, neste caso, o caratê. É difícil encontrar alguém que, ao final do filme, não tenha desejado ser um lutador de caratê ou, ao menos, que saiu fantasiando golpes da referida arte marcial.

O filme acabou envelhecendo bem, mesmo levando em consideração os trajes e linguajares esdrúxulos, usados na década de 1980. A sua temática permanece atual e é significado de motivação, superação e humildade.

Com certeza, é o melhor filme da trilogia... ops, da quadrilogia, uma vez que temos o quarto filme (impressionantemente ruim) com Hillary Swank, no papel de protagonista (como pode?).

Para quem sabe, o filme não se trata de uma história sobre artes marciais ou esportes de lutas, mas sobre o desenvolvimento e o crescimento de um adolescente, junto com sua alma, mente e coração, frente as adversidades comuns do cotidiano nos anos 80.

O diretor John G. Avildsen foi competente o suficiente para criar uma obra sensível e agradável junto com o roteiro de Robert Mark Kamen (também responsável pelo roteiro dos outros três filmes da série). Infelizmente, o mesmo não é verdadeiro para os outros filmes. Porém, o mesmo diretor trouxe experiência de sobra de um outro projeto que rendeu um Oscar de melhor filme a produção, Rocky - Um Lutador, de Syvester Stalone.

Ralph Macchio é Daniel LaRusso, adolescente que se muda de Nova Jersey para a Califórnia e, logo de cara, enfrenta problemas para se adaptar à sua nova escola, novos amigos e, por que não, desafetos. Ele se torna o alvo favorito de pancadas da turma de Johnny Lawrence (William Zabka), aluno de caratê do dojo Cobra-Kai. Após uma dessas surras, ele é salvo pelo japonês veterano de guerra, Sr. Miyagi, que passa a treiná-lo para que ele enfrente seus demônios no campeonato local de caratê.

Ralph Macchio convence como adolescente, mesmo já tendo muito mais idade do que aparente, na época das filmagens. Apesar do corpo frágil e magro, e o rosto de moleque, ele já tinha 23 anos no primeiro filme e 28 no terceiro, porém, em ambos, ele representou Daniel-san como tendo 16 e 17 anos, respectivamente. Infelizmente, ele acabou um pouco estereotipado pelo seu personagem neste filme e nunca conseguiu outros papéis de destaque, atuando apenas em produções menores, apesar de ter feito antes o sucesso The Outsiders.

Elizabeth Shue sempre foi uma graça e aqui ela também não desaponta como o parzinho romântico do protagonista. Também com idade próxima com a de Macchio, ela esbanja doçura, como a sua Ali Mills.

Porém, um dos fatores do grande sucesso da franquia sempre foi a simpatia e o carisma do velhinho japonês, Pat Morita. Falecido em 2005, ele foi a peça fundamental para transformar esse filme menor em uma febre, tanto nos Estados Unidos, quanto no Brasil. Representando de forma sincera o papel de mentor e "pai-avô" de Daniel-san, ele garantiu a parte coração que o filme necessitava para cativar a todos.

Mesmo não sendo nenhuma referência cinematográfica, boa parte das cenas ficaram imortalizadas para os jovens e adolescentes, como as etapas do treinamento (pôr cera, tirar cera), a fantasia de chuveiro, o "pegar mosca" com hashis, o equilíbrio no tronco, o carro clássico amarelo.

A seqüencia final da luta entre Daniel e Johnny ainda nos faz vibrar, como fazia quando eu tinha cerca de apenas uma dezena de anos de vida. A luta toda é emocionante e bem coreografada, mas o golpe final da "gaivota" chega a ser emocionante.

A trilha sonora também não deixa por menos, liderada por pérolas como The Moment of Truth, interpretado pelo Survivor.

Um filme para crianças e adolescentes, mas que também encanta o mundo dos adultos até hoje, principalmente para os que o viram quando ainda eram o público alvo principal.

Nota: 6.5/10

Felipe Edlinger
25 de abril de 2008

[Web] Minutos antes da surra

Pense no quanto isto é engraçado antes de sentenciar seus filhos...


quinta-feira, 24 de abril de 2008

[PP] Grandes Idéias, Pequenos Orçamentos

Peça criada pela agência italiana Arnold Worldwide, para a produtora de filmes Central Groucho.

A reconfiguração de uma das cenas mais clássicas do cinema, o banho de Anita Ekberg, em A Doce Vida, vai ao encontro do título "Grandes Filmes com Pequenos Orçamentos".

Link: http://www.centralgroucho.it/

quarta-feira, 23 de abril de 2008

[Web] Como fazer um homem lavar as mãos

De uma certa maneira, sob determinado ponto de vista, levando em consideração algumas variáveis... é, em termos, tem certa lógica!


[Cool] Google

Google: o ambiente de trabalho dos sonhos de qualquer empregado!

Ángel Jiménez de Luis, editor do Gadgetoblog do Diario El Mundo, visitou os escritórios da Google em Zurich (Suíça) e regressou com uma série de fotos que despertam a maior inveja das invejas.

O tobogan liga a zona de escritórios do primeiro piso com a cafetaria e o ginásio. Para descer para comer não tem que esperar pelo elevador. Aos recém-chegados a praxe é que eles desçam pelo tobogan para apresentá-los. Têm que usar, também, um ridículo sombrero de cores durante algumas horas.

A cafetaria serve o pequeno-almoço, almoço e jantar preparados por cozinheiros contratados exclusivamente para o edifício. Há comida para vegetarianos, dois pratos principais, un buffet de saladas e toda a comida se faz com ingredientes nacionais.

As crianças são bem-vindas e não é estranho que os “Googler” vão trabalhar acompanhados dos filhos.

A boa comida grátis e os lanchinhos entre refeições sempre fazem ganhar uns quilitos aos recém-chegados que não estão habituados a tantas e deliciosas iguarias. O ginásio do piso térreo é o lugar para queimar o peso a mais. Por acaso, também é grátis.

A sala de massagem é quase um santuário. As cadeiras que massajam são gratuitas, mas as massagens dadas pelo massagista são pagas, mas como a Google comparticipa com a maior percentagem, são muito baratas. Em certas cabines assinaladas existem bónus de massagens grátis diariamente.

Em cada piso há, pelo menos, 2 áreas de descanso com comida e bebida – por acaso, grátis. Refrescos, sumos e café, muito café, mas também cereais, chocolates, gelados, batatas fritas, fruta e uma ampla selecção de snacks saudáveis para compensar o excesso de hidratos de carbono.

Cada um administra o seu tempo e os seu trabalho como quer. Não há horários e nas pausas pode-se jogar jogos interactivos ou bilhar, por exemplo. Os prazos de entrega, esses sim, têm que ser cumpridos, logicamente.

Esta barra, semelhante às dos quartéis de bombeiros, liga o segundo piso à sala de jogos. Não tem que esperar pelo elevador para se divertir uns minutos.

O espaço de trabalho é pequeno, mas as salas de reunião são muito amplas e temáticas. Esta cabina é de um teleférico verdadeiro e está situada num piso decorado com fotos e objectos que lembram uma estância de esqui nos Alpes.

A esta altura deve estar a perguntar se na Google se trabalha mesmo. Esta é uma área de escritórios convencional. Os postos de trabalho são livremente escolhidos e não é raro que os “Googlers” mudem de local de trabalho frequentemente.

O serviço técnico está numa área do edifício decorada com ambiente havaiano. Aqui se pode vir buscar um cabo ou arranjar um portátil...

As áreas de trabalho são sempre abertas. Para ter privacidade durante uma chamada tem que “fechar-se” numa das muitas cabinas espalhadas pelo edifício.

O salão da água é uma zona de paz e relaxamento que existe no edifício. Há cadeiras de massagem e a iluminação é mínima. É o lugar ideal para dormir uma sesta ou descansar antes de uma reunião.

Por isso, é proibido usar o celular ou o computador portátil. A única atividade possível, além de descansar, é observar os peixes tropicais que estão nos aquários de parede.

As salas de reuniões do edifício têm nomes tirados de séries de televisão e de filmes famosos. Estes iglos estão na área da Guerra das Estrelas e são autênticos refúgios que foram utilizados em missões científicas na Antártida.

A Google é mais do que uma empresa. Os trabalhadores juntam-se na sede regularmente para atividades conjuntas e festas e não é raro encontrar grupos para praticamente qualquer atividade ou desporto, desde ciclismo até ao esqui alpino. Além dos famosos 20% do tempo de trabalho que cada um pode usar em proveito pessoal há 10% de tempo livre absoluto.

Os trabalhadores passam apenas um período de tempo na sua mesa de trabalho. É normal trabalharem com o seu portátil nas zonas de descanso, em pequenos grupos. Isso favorece a criatividade e a sociabilidade.

A biblioteca é uma das salas mais surpreendentes do edifício e a que melhores vistas tem. Uma área de descanso com uma imensa cozinha e uma chaminé ‘virtual’. Todo o mobiliário é reciclado ou vem de lojas em segunda mão.

terça-feira, 22 de abril de 2008

[Web] Olha o jacaré ali ó...

Tem gente que é esperta pra caramba...
...mas, este camarada aí ganhou de todas!

Faz gracinha, mesmo, pra ver o que é bom!


[Jokes] Dando um Jeito

Sexta-feira, Valdir chega tarde do trabalho estressado, louco pra fazer sexo e encontra sua mulher dormindo. Rapidamente ele pega duas Aspirinas e coloca, com cuidado, na boca dela.
Depois de alguns segundos ela engasga com os comprimidos e acorda indignada.

- O que você colocou na minha boca, homem de Deus?
- São duas Aspirinas! - responde ele, calmamente.
E ela, aos berros:
- Mas eu não estou com dor de cabeça!!!
- Ah, era isso que eu queria escutar...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

[Web] Segunda-feira é um saco

Ok, agora tenho certeza de que todos sentem o peso de uma segunda-feira, mesmo sendo um feriado nacional...

[Cool] Where On Earth is Waldo?

Parece que alguém resolveu pensar diferente sobre alguma coisa do passado.

A canadense Melanie Coles criou uma variante bacana do famoso livro Where is Waldo?, conhecido por nós, brasileiros, como Onde está Wally?

Ela desenhou, na cobertura de uma casa em Vancouver, Canada, uma imagem gigante de Wally (ou Waldo) para que seja capturada por satélites e acabe no aplicativo Google Earth, o que o transformaria na mais nova versão do famoso livro, só que em proporções gigantescas.

Ela vem estimulando diversas pessoas ao redor do mundo a fazerem o mesmo, já tendo conseguido respostas positivas de americanos, britânicos, portugueses, japoneses e canadenses. Inclusive, há notícias sobre os fãs brasileiros de Wally no website do projeto.

Bacana!

Link: http://whereonearthiswaldo.wordpress.com/

[MovRev] Paranoid Park

(Paranoid Park)

Directed by Gus Van Sant

Gus Van Sant é um cara estranho e deve ter alguns esqueletos no armário. Grande parte de suas obras se resumem a evidenciar o cotidiano, os problemas e os comportamentos de adolescentes e jovens adultos frente situações complicadas da vida, algumas até impensáveis para uma boa parcela deles.

Junto com Larry Clark, ele traça um paralelo sobre o desenvolvimento da mente e do corpo dos jovens de hoje, do momento em que seus filmes são feitos, como já visto em Drugstore Cowboy, Garotos de Programa e Elephant. Porém, aqui, a visão é mais realista e intimista, ao contrário da crueza que o seu oposto, Clark, impõe em suas obras, como Kids (sempre uma referência) e Ken Park.

Alex (Gabe Nevins) é um adolescente skatista comum, como muitos existentes nos Estados Unidos. Ele passa por provações do dia a dia como qualquer outro moleque que conhecemos. Tenta se entender em seu relacionamento com a namorada, sobreviver aos conflitos de família e, principalmente, encaixar-se na comunidade (ou tribo, como se diz agora) onde vive, entre seus amigos. Quando ele e seu amigo Jared (Jake Miller) resolvem conhecer o tal Paranoid Park do título, imensa área de diversão para os skatistas, ele encontra ali seu lugar. Porém, ele se envolve em um incidente e, por acidente, acaba matando um segurança da linha férrea local. Perante tamanho problema, ele começa a divagar sobre o quão difícil a vida pode ser.

Não existe preocupação, por parte do diretor, com o desenvolvimento e fechamento da trama do filme, mas apenas com a exposição de fatos e dos pensamentos conseqüentes do adolescente em questão. Não se encontram culpados, não existem bandidos e mocinhos, muito menos lados. Gus Van Sant não quer culpar ninguém ou fazer uma crítica social, mas traçar um possível perfil de uma mente jovem que se vê perturbada e assombrada por algo tenebroso.

O que vemos é um filme bastante intimista, quase caseiro, devido a montagem e linguagem utilizadas pelo diretor. A trama não é linear e não surpreende em nada, mas é compatível com os sentimentos que qualquer pessoa poderia desenvolver em uma situação similar. Tanto que pode parecer um leve soco no estômago.

A utilização de filmagens pseudo-caseiras impõe ainda mais o estilo do diretor, misturando uma visão de documentarista com um filme de família. A mensagem parece ser que as crianças viram adolescente e, conseqüentemente (e quase inevitavelmente), fazem algumas besteiras, umas menores, outras maiores. E isso faz parte do seu desenvolvimento e transformação em adultos.

Normalmente, os adolescentes se sentem sozinhos quando a questão é problemas, não tendo a quem recorrer, com aflição pela represália ou simplesmente pelo fato de assumirem seus erros. Como maneira de representar isso, o foco no personagem principal é quase único, sendo que a maioria dos coadjuvantes está sempre fora de foco, de costas ou à certa distância da ação. Apenas quando Alex está em estado de quase letargia, os outros personagens ganham certo destaque.

Tudo bem que o incidente mostrado no filme é um imenso peso para qualquer ser humano (ou quase todos), mas todos nós passamos por um problema ou outro durante a adolescência, que parecia ser mais pesado do que o próprio mundo. E as reações, apesar de distintas, tendencionavam para pontos em comum: a reflexão, o medo, a incerteza, a busca por perdão e uma maneira de minimizar a culpa. Talvez seja por isso que exista uma certa facilidade em sentir compaixão pelo protagonista.

Não existe nada de inovador nesta obra de Van Sant, mas é uma excelente pedida para quem busca um filme para reflexão, ou simplesmente para recordação de como era ser adolescente e como ter ligado com os problemas daquela época, tendo ou não tido esqueletos no armário. Ainda mais com a banalização da infância e adolescência como vemos nos dias de hoje.

Ao final do filme há a famosa frase: "Os personagens e eventos mostrados neste filme são ficcionais e qualquer similaridade com pessoas reais, vivas ou mortas, é puramente coincidência." Será?

Nota: 7.5/10

Felipe Edlinger
21 de abril de 2008

domingo, 20 de abril de 2008

[MovRev] Awake - A Vida por um Fio

(Awake)

Directed by Joby Harold

Para um diretor (e roteirista) iniciante, Joby Harold mostra que pode ser um dos próximos queridinhos de Hollywood por este trabalho simples, porém poderoso.

Com quase 80% da trama passada em uma sala de cirurgia e um saguão de hospital, o diretor, que também assina o roteiro do filme, prova que, para um filme ser bom, não depende de produção sofisticada, efeitos especiais, nomes estrelares ou locações fascinantes, mas apenas uma boa e bem amarrada trama.

Hayden Christensen é Clay Beresford, herdeiro de uma herança gigantesca e um dos homens mais poderosos e ricos de Nova York. Jovem e imponente homem de negócios, comandante, ao lado da mãe, do império construído por seu pai, ele se encontra em uma situação médica complicada quando é diagnosticado com um sério problema cardiológico.
Enquanto se divide entre o amor incondicional pela noiva Sam Lockwood (Jessica Alba) e o receio de compartilhar com a mãe a verdade de seu relacionamento com a amada, ele tem a oportunidade de viver sem problemas de saúde quando consegue um coração compatível com seu tipo sanguíneo.
Depois de problemas e discussões com a mãe, ele é submetido a uma cirurgia liderada por seu amigo Dr. Jack Harper (Terrence Howard). Porém, sua agonia apenas começa quando a anestesia ministrada não funciona por completo e ele se mantém consciente durante todo o procedimento. Este fenômeno se chama anestesia consciente e ocorre uma vez a cada 700 operações.

Sem nada de ordinária, a trama é surpreendente, desenvolvendo-se a partir de um pequeno ponto e transformando-se em uma reviravolta de emoções e personagens, em um filme curto e intenso, na medida certa para um programa de drama e suspense, que deixa os nervos à flor da pele.

Christensen entrega um papel convincente (não que ele seja um grande ator), como o de O Preço de uma Verdade, e prova que pode ser bom ator e se livrar do estigma de Anakin Skywalker. Ainda mais quando conta com o suporte de bons nomes como Lena Olin, que dá um show como a mãe de seu personagem, e Terrence Howard, forte como o médico responsável pela delicada operação de coração.

A beleza de Jessica Alba (e talento, por que não?) apenas ajuda toda a trama e torna verossímil o amor de Clay por sua noiva. Afinal de contas, quem não sentiria isso por ela?

Boas tomadas de cena, que simulam a situação do paciente durante a operação, garantem o desespero para os espectadores que nem ao menos se imaginam em uma situação como esta. Os monólogos em off por parte de Christensen facilitam ainda mais a criação do ritmo do filme.

As analogias de vida e morte demonstradas ao longo da operação cirúrgica também são bastante simples e sutis, porém de uma força latente, chegando até a ser poéticas, em certo nível.

Para um filme de hospital, a fotografia poderia até comprometer, o que não acontece. Muito pelo contrário, faz sua parte muito bem quando utilizada, capturando bons planos da cidade de Nova York para rechear a trama.

Com uma direção confiante e câmera firme, a produção é simples, porém várias das cenas são de uma sensibilidade muito grande, ainda mais para um filme de suspense, especialmente aquelas entre os dois protagonistas, Hayden e Jessica. O mérito, em grande parte, vai para Jessica, que preenche a tela com sutileza, leveza e beleza, ao longo de todo o filme.

Um excelente programa, principalmente se você não estiver com expectativas muito altas, como eu não estava. Belo debut do diretor Harold.

Nota: 7/10

Felipe Edlinger
20 de abril de 2008

sábado, 19 de abril de 2008

[MovRev] Napoleon Dynamite

(Napoleon Dynamite)

Directed by Jared Hess

Este é mais um caso no qual eu não tenho a menor idéia do porquê de tanto estardalhaço e comentários sobre um filme. Principalmente por ele ser idolatrado a ponto de ter um fã clube nos EUA com mais de 20 mil pessoas que se candidatam para a presidência do mesmo.

Vou ser o mais honesto possível: não gosto de Jon Heder! Mesmo que alguns (ou muitos, independe) digam que ele faz um estilo de interpretação, eu digo que é falta de capacidade, mesmo. Se duvidam de mim, vejam Escola para Idiotas (onde ele toma um "cacete" do Billy Bob Thorton), Os Esquenta Bancos (onde ele consegue ser menos engraçado do que Rob Schneider na pior fase da carreira) e o último filme dele, o dispensável Escorregando para a Glória (onde ele está tão fora de sintonia quanto Wil Ferrel, irreconhecível como comediante). Para se ter uma idéia, o personagem mais bacana do ator foi a Galinha Joe, de Tá Dando Onda, não por méritos dele, mas pelo simples fato de ver uma galinha surfista já é hilário.

Se a palavra estereótipo pudesse ter imagens no dicionário, provavelmente seria um retrato de Jon Heder. Sempre meio nerd (que, na pele dele, não consegue o mínimo ar de cool), abobalhado, ingênuo e com cara de idiota. Se alguém consegue dizer que ele é carismático, eu digo "arrrrghhhh".

O mesmo pode se dizer o diretor Jared Hess, neste início de carreira com seu primeiro longa metragem. Ele não tinha muita experiência na direção, tendo realizado apenas Peluca, curta metragem muito ruim, com o mesmo insosso Jon Heder, sobre a mesma cidade de Preston, no estado americano de Idaho e, voilá, sobre os mesmos personagens.

Napoleon Dynamite (Jon Heder, dããã...) é um garoto alienado, pseudo nerd, que adora desenhar (mal, diga-se de passagem) personagens fantásticos e jogar tetherball (jogo que utiliza um poste com uma bola amarrada por uma corda em sua ponta). Ele convive com uma família bizarra em casa (com exceção da avó que sofre um acidente corrente de quadriciclo nas dunas), tendo um irmão de 32 anos, ainda mais idiota do que ele, um tio inútil que vive nos anos de 1980 e até uma lhama chamada Tina. Ele vira o único amigo do garoto mexicano Pedro (que também é seu único amigo) e o ajuda a competir pelo cargo de presidente do corpo estudantil da escola.

O filme em si não é ao menos original, mesmo com as situações esdrúxulas que são apresentadas a platéia, até porque a idéia de mostrar a realidade de um completo idiota já é coisa do passado, como feito (com temáticas um pouco diferentes) em Quanto Mais Idiota Melhor ou na série Os Nerds. De original, mesmo, apenas os créditos de abertura, bem bacana.

O senso de humor é tão absurdo que muitos podem não gostar, como eu (e vejam que adoro humor esdrúxulo!). Por outro lado, como tem gosto para tudo, o filme foi muito bem recebido entre nerds e adolescentes, provavelmente, os rejeitados.

Napoleon é um ser esquisito demais, até para a nossa realidade variada, e sua vida não é, em nada, interessante. Para ninguém. Na verdade, a trama (existe uma trama?) é tão idiota e boba que, por ser muito ruim, ganhou ar de cult pelo mundo a fora.

Sabe quando uma coisa é tão ruim que vira referenciada por todos? Acredito que tenha sido o mesmo processo com este Napoleon Dynamite, assim como os filmes de Ed Wood, considerado o pior diretor de todos os tempos, na década de 1950, o que rendeu um filme bacana na segunda reunião de Johnny Depp e Tim Burton. "Ei, cara, vi um filme que é muito tosco, você deveria ver!", é bem por aí.

Totalmente contrário ao filme seguinte do diretor, Nacho Libre, que conta com situações realmente hilárias e ótimos personagens, interpretados por Jack Black e Héctor Jiménez, este filme é deprimente, com personagens dos quais você pode sentir nada além de pena. De Napoleon ao irmão de 32 anos que "procura gatas na internet", do amigo Pedro, mexicano deslocado nos EUA ao tio de Napoleon, um fracassado que fica se imaginando ainda com 18 anos de idade, jogando futebol americano.

Mais parece uma produção caseira (o que não deixa de ser) para um projeto de faculdade (o que não deixa de ser), que tenta fazer comédia de situações lamentáveis de personagens lamentáveis. O mesmo foi feito, porém com maestria, dois anos depois em Pequena Miss Sunshine, filme também alternativo, mas com direção firme e inovadora, roteiro maravilhoso e, principalmente, elenco competente.

O que vale a pena (de tão ridículo) é o número musical de Heder ao final da produção, durante a eleição para presidente do corpo estudantil. Além disso, vale escutar as músicas oitentistas, bregas e imortais, do baile da escola: Forever Young (Alphaville) e Time After Time (Cindy Lauper). White Stripes e Jamiroquai garantem o mínimo de bom gosto. Ponto final.

Nota: 2/10

Felipe Edlinger
19 de abril de 2008

quarta-feira, 16 de abril de 2008

[Web] Puta Que Pariu

Pode mandar pra lá porque o lugar existe, mesmo! Dá até para ir de ônibus!

O referido lugar fica situado na cidade de Bela Vista de Minas, perto de João Monlevade, Minas Gerais.

Bela Vista, uma cidadezinha cercada de mato, no interior de Minas Gerais, e claro, no Brasil, tem uma grande surpresa: um dos bairros tem o nome de "Puta que Pariu"! Acredite se quiser!

O município de Bela Vista de Minas foi criado pela Lei nº 2764, de 30 de dezembro de 1962, desmembrando do município de Nova Era (New Era City), declarando naquele momento, às margens do Córrego do Onça a Independência de Bela Vista de Minas.

A cidade é divida em 7 bairros, Bela Vista de Cima, Lages, Serrinha, Córrego Fundo, Favela, Puta que Pariu (que lugar é esse?), e Boca das Cobras (A Europa de Bela Vista).

E se você pensava que era perto de algum lugar que você conhece ou algum conhecido mora, parece que se enganou...

Link: http://www.guiadosmunicipios.com.br/mg/Bela%20Vista%20de%20Minas/



terça-feira, 15 de abril de 2008

[Cron] Mãe é Foda (L. F. Veríssimo)

Mãe é Foda
LuísFernando Veríssimo (será?)

Mãe: Alô?
Filha: Mãe? Posso deixar os meninos contigo hoje à noite?
Mãe: Vai sair?
Filha: Vou.
Mãe: Com quem?
Filha: Com um amigo.
Mãe: Não entendo porque você se separou do teu marido, um homem tão bom...
Filha: Mãe! Eu não me separei dele! ELE que se separou de mim!
Mãe: É... você me perde o marido e agora fica saindo por aí com qualquer um...
Filha: Eu não saio por aí com qualquer um. Posso deixar os meninos?
Mãe: Eu nunca deixei vocês com a minha mãe, para sair com um homem que não fosse teu pai!
Filha: Eu sei, mãe. Tem muita coisa que você fez que eu não faço!
Mãe: O que você tá querendo dizer?
Filha: Nada! Só quero saber se posso deixar os meninos.
Mãe: Vai passar a noite com o outro? E se teu marido ficar sabendo?
Filha:Meu EX-marido!!! Não acho que vai ligar muito, não deve ter dormido uma noite sozinho desde a separação!
Mãe: Então você vai dormir com o vagabundo!
Filha: Não é um vagabundo!!!
Mãe: Um homem que fica saindo com uma divorciada com filhos só pode ser um vagabundo, um aproveitador!
Filha: Não vou discutir, mãe. Deixo os meninos ou não?
Mãe: Coitados... com uma mãe assim...
Filha: Assim como?
Mãe: Irresponsável! Inconseqüente! Por isso teu marido te deixou!
Filha: CHEGA!!!
Mãe: Ainda por cima grita comigo! Aposto que com o vagabundo que tá saindo contigo você não grita.
Filha: Agora tá preocupada com o vagabundo?
Mãe: Eu não disse que era vagabundo!? Percebi de cara!
Filha: Tchau!!!
Mãe: Espera, não desliga! A que horas vai trazer os meninos?
Filha: Não vou. Não vou levar os meninos, também agora não vou mais sair!
Mãe: Não vai sair? Vai ficar em casa? E você acha o que, que o príncipe encantado vai bater na tua porta? Uma mulher na tua idade, com dois filhos, pensa que é fácil encontrar marido? Se deixar passar mais dois anos, aí sim que vai ficar sozinha a vida toda! Depois não vai dizer que não avisei! Eu acho um absurdo, na tua idade você ainda precisar que EU te empurre para sair!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

[Jokes] Minerim no Consultório Médico

O caipira Mineirim, lá de Dionísio, nas Minas Gerais, entrou no consultório e, meio sem jeito, foi falando do seu problema para o médico:
- Dotô, o negócio num sobe mais... Já tomei de tudo quanto foi chá de pranta, fiz simpatia, mas o trem num sobe mais de jeito ninhum!
- Ah não, meu amigo. Vou te receitar um medicamento que vai deixar você novo em folha. São cinqüenta comprimidos, um por dia.
- Mas doutor, eu sô um home simples da roça. Só sei contá até dez, nos dedo, e mais nada.
- Então fazemos o seguinte: você vai à uma papelaria, compra um caderno de cinqüenta folhas. Cada comprimido, você tira uma folha do caderno.Quando o caderno acabar você já vai estar curado. A receita está aqui.
- Brigado dotô! Vou agorinha mess comprá o tar caderno.

E, logo que saiu do prédio, entrou numa papelaria ali perto.
A moça veio atender.
- Eu precisava dum caderno de cinqüenta fôia.
- É brochura?
- Ah, dotorzim fidaputa! Já andô espaiando meu pobrema por aí!

domingo, 13 de abril de 2008

[Jokes] Torta de Morango

Joãozinho está dentro do carro do seu pai, quando avista duas prostitutas na calçada.
- Pai, quem são aquelas senhoras?
O pai meio embaraçado, responde:
- Não interessa filho... Olha antes para esta loja... Já viu os lindos brinquedos que tem?
- Sim, sim, já vi. Mas... quem são as senhoras e o que é que estão fazendo ali paradas?
- São... são... São senhoras que vendem na rua.
- Ah sim?! Mas vendem o quê?? - pergunta admirado o garoto.
- Vendem... vendem... Sei lá... vendem um pouco de prazer.

O garoto começa a refletir sobre o que o pai lhe disse, e quando chega em casa, abre a sua carteira com a intenção de ir comprar um pouco de prazer. Estava com sorte! Podia comprar 50 reais de prazer!

No dia seguinte vai ver uma prostituta e pergunta-lhe:
- Desculpe, minha senhora, mas pode-me vender 50 reais de prazer, por favor?
A mulher fica admirada, e por momentos não sabe o que dizer, mas como a vida está difícil, ela aceita, porém como não dava para transar com o garotinho, leva o garoto para casa dela e prepara-lhe seis pequenas tortas de morangos.

Já era tarde quando o garoto chega em casa. O seu pai, preocupado pela demora do filho, pergunta-lhe onde ele tinha estado.
O garoto olha para o pai e diz:
- Fui ver uma das senhoras que nós vimos ontem, para comprar um pouco de prazer!
O pai fica amarelo:
- E... e então... como é que se passou?
- Bom, as quatro primeiras não tive dificuldade em comer... a quinta levei quase uma hora e a sexta foi com muito sacrifício, tive quase que empurrar para dentro com o dedo, mas comi mesmo assim. Ao final estava todo lambuzado, melequei todo o chão e a senhora me convidou para voltar amanhã. Posso ir?
O pai cai de costas...

sábado, 12 de abril de 2008

[MovRev] De Repente Amor

(A Lot Like Love)

Directed by Nigel Cole

Ashton Kutcher não é apenas mais um rostinho bonito, mas sim um talento que foi pouco explorado até o presente momento, vide o excelente Efeito Borboleta. Porém, ele é realmente consagrado entre os adolescentes (principalmente entre AS adolescentes) por comédias românticas como Recém Casados, A Filha do Chefe e A Família da Noiva, além da série cult That 70's Show, da qual participou dos 20 aos 28 anos de idade. Aqui ele faz papel de idiota até o momento em que seu personagem cresce um pouco e vira um adulto de verdade, mas ainda com um pé na adolescência (como todos deveríamos ser, afinal de contas, o mundo adulto é chato demais!).

Amanda Peet é uma graça, mas nunca realmente emplacou um sucesso de verdade, visto sua série-relâmpago Jack & Jill, e papéis menores em Meu Vizinho Mafioso, Alguém tem que Ceder e Identidade. Neste De Repente Amor, ela faz uma personagem um tanto quanto irritante, prepotente e dona da verdade no começo, e no decorrer da história, insegura e rejeitada.

Ashton é Oliver e Amanda é Emily, dois estranhos que se conhecem em um vôo para Nova York da melhor maneira possível: sexo no lavatório da aeronave. Depois, ao longo de sete anos, eles continuam se encontrando esporadicamente, ao acaso da vida, em diversos lugares. Em todas as vezes, eles tentam iniciar um romance que tendencia a não dar certo.

A metamorfose de ambos, demonstrada ao longo de inúmeras cenas, nos faz espelhar o que nós somos, o que gostaríamos de ser e o que realmente nos tornamos. E que, acima de tudo, nunca devemos duvidar do que estaremos fazendo daqui há alguns anos e que sonhos e vontades são sempre necessários para a vida dar uma guinada em direção ao nosso futuro.

A trama demonstra que prioridades não são mandatórias para a vida pessoal, e que sucesso, trabalho e amor não estão essencialmente ligados pela união, mas sim pelo fato de funcionarem em realidades opostas, mantendo um equilíbrio entre forças. E ainda assim, quando tudo parece perdido ou desesperador, memórias ainda permanecem latentes para, às vezes, voltar à tona e nos lembrar do que realmente desejamos, fazendo dos pequenos momentos uma vida especial.

Se uma coisa fica clara das idéias do roteirista estreante Colin Patrick Lynch, é que o amor sempre encontra um caminho para florescer. Independente de quão louca e exacerbada seja a sua procura por ele, é ele que sempre o encontrará, em momentos que você nem ao menos espera, assim, de repente. Porém, temos que saber quando aproveitar essa chance que nos é dada e não deixá-la escapar porque, se isso acontecer, quando tentarmos novamente, ele pode estar nos braços de alguma outra pessoa. A arte imita a vida, ou a vida imita a arte?

Apesar da premissa boa, porém sem muita originalidade, faltou competência e experiência tanto para diretor, quanto para roteirista, para conseguirem realizar um bom filme. Como já dito, o roteirista não tem experiência e o diretor conta com apenas três produções no curriculum vitae, além de pequenas participações em seriados britânicos. Por outro lado, Nigel Cole já realizou os sensíveis, simpáticos e engraçados Garotas do Calendário e O Barato de Grace, com temáticas mais adultas e comandando atores de mais idade, entre outros, a excepcional atriz Helen Mirren.

Outro filme de Ashton Kutcher cumpre melhor a proposta deste De Repente Amor. Recém Casados é mais engraçado e mais bem produzido, contando com a direção um pouco mais experiente de Shawn Levy. Não que seja uma obra de arte mas, ao menos, é mais leve. E também conta com uma atriz mais carismática, Brittany Murphy, a ex-gordinha patricinha de Beverly Hills.

O filme é muito longo para a história com muitas idas e vindas, o que acaba cansando o espectador, mesmo com o final tradicional e esperado das comédias românticas. E acaba , ao longo da trama, deixando aquele sabor de "putz, ainda não acabou?".

Talvez, o diretor não estivesse preparado para um filme com atores mais jovens, de apelo mais comercial, conhecidos pela moçada, nos papéis de protagonistas. Infelizmente, falta química ao longa, especialmente entre os dois atores principais. Uma pena, porque Ashton Kutcher tem carisma de sobra.

A produção ainda conta com pontas minúsculas de Kal Penn, o bom ator indiano de O Dono da Festa, Madrugada Muito Louca e Nome da Família, e Ali Larter, a Nikki Sanders da séries Heroes.

Mas, o que realmente chama a atenção e delicia nesta produção é a ótima trilha sonora de apelo pop, que convida o corpo a mexer, a alma a flutuar, e todos nós a cantar e dançar. Destaque para Brighter Than Sunshine (Aqualung), Hands Of Time (Groove Armada), Look What You've Done (Jet), Walkin' On The Sun (Smash Mouth), Breathe (2 AM) (Anna Nalick), Maybe It's Just Me (Butch Walker), Semi-Charmed Life (Third Eye Blind), Save Tonight (Eagle-Eye Cherry), Know Nothing (Travis), If You Leave Me Now (Chicago) e o excelente trip-hop Mad About You (Hooverphonic). Ufa! Ao menos, compre o CD, está de bom tamanho!

Nota: 5/10

Felipe Edlinger
12 de abril de 2008

sexta-feira, 11 de abril de 2008

[Web] Novo Uniforme do CUrinthians

Todos os torcedores, de todos os outros times do Brasil (e talvez muitos outros do exterior) devem agradecer, e muito, ao Departamento de Marketing do time da (os) Marginal (ais) Paulista (s).

Desta vez, eles conseguiram tumultuar a vida dos fanáticos torcedores de vez, que além de ter que escutar chacotas de todos os outros amantes do futebol devido ao desempenho ridículo do time no ano de 2007, agora precisam aguentar as gracinhas por causa do novo uniforme roxo do time.

Realmente, 2008 vai ser um ano para ser lembrado, Corinthians na segunda divisão, e os jogadores vestindo um modelito desses. A manifestação da torcida já foi retratado nas paredes do Parque São Jorge. Dá-lhe Timão!






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