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terça-feira, 4 de setembro de 2007

[MovRev] Piratas do Caribe - No fim do Mundo

(Pirates of the Caribbean - At World's End)

Directed by Gore Verbinski

Confesso que não esperava muito de Piratas do Caribe - No Fim do Mundo, o que, no final, foi ótimo pra mim. Depois de assistir à este filme, fiquei com a sensação de que já havia visto algo parecido.

Na verdade, a sensação era de decepção, mesmo não esperando muito; o que havia acontecido também quando assisti ao terceiro episódio da trilogia Matrix (Revolutions): primeiro filme, excelente e fantástico por renovar um tema e apresentar originalidade o suficiente para ser sempre lembrado; segundo filme, muito bom devido aos efeitos especiais e ao entretenimento descompromissado; e terceiro filme, ruim pelo fato de ser longo, com enredo confuso e cheio de absurdos.

Piratas do Caribe - No Fim do Mundo é isso tudo, um filme longo demais, com cerca de 2 horas e 40 minutos, muito confuso para a maioria dos fãs, e com tantos absurdos que até Jack Sparrow fica meio sem jeito.

Resumindo, Elizabeth Swann (Keira Knightley), Will Turner (Orlando Bloom) e Capitão Barbossa (Geoffrey Rush) devem resgatar Jack Sparrow da terra dos mortos e enfrentar Davy Jones e Lorde Beckett. Para isto, eles contarão com a ajuda dos Lordes Piratas da Corte da Irmandade para derrotar a Companhia das Índias Orientais, que vem matando piratas ao redor do mundo.

Sou suspeito para tecer algum comentário sobre Johnny Depp, em minha opinião, um dos mais talentosos (e mutantes) atores de todos os tempos.
Porém, tirando Keira Knightley (que é linda e parece com uma amiga minha), Jack Sparrow talvez seja a única parte de qualidade do filme que seja constante.

O estilo bonachão, afeminado e covarde de Jack Sparrow é marcante e, como sempre, ele toma conta da tela nos momentos em que aparece. E o filme deveria ser assim, com Jack Sparrow dominante e não com a tela repartida democraticamente entre o número enorme de coadjuvantes.

Sempre que o Capitão Jack Sparrow aparece, as cenas ganham vida e viram antológicas, como as cenas em que ele contracena com vários Jacks, nos momentos de divagação e loucura do personagem.

Mesmo assim, ainda podemos ver alguns outros personagens bacanas novamente como o Capitão Barbossa, de Geoffrey Rush, e o Capitão do Holandês Voador, Davy Jones, impecáveis. Além dos outros novos personagens, os Lordes Piratas, cada qual pitoresco a sua maneira.

Mas o filme não deixa de ser longo e confuso, como havia mencionado, e com tantas reviravoltas que o fato de alguns personagens serem cool não ameniza os lados ruins.

Os efeitos especiais continuam fantásticos, demonstrando que o pessoal da ILM (Indutrial Light & Magic) continuar afiado e criativo. As mais de 200 cenas com efeitos especiais valeram mais um Oscar para a trupe (eles já haviam ganhado outro por Piratas do Caribe - O Baú da Morte), liderada por John Knoll e Charles Gibson.

Ao final do filme fiquei ainda mais desapontado porque torcia para Jack Sparrow dar uns pegas com Elizabeth Swann, mesmo indo contra tudo o que já foi mostrado entre ela e o personagem de Orlando Bloom, Will Tuerner, nos outros dois filmes. Obviamente, isso não aconteceu.

Pelo menos, o chatão Will Turner ficou preso em uma ilha de localização desconhecida e somente pode ser visitado a cada 10 anos. Prova de que ele era muito melhor como Legolas.

Brincadeiras à parte, a pérola do filme fica a cargo de Keith Richards, eterno Rolling Stones, interpretando o pai de Jack Sparrow, Captain Teague, Guardião do Código dos Piratas. Apesar da experiência quase nula como ator, Mr. Richards está muito à vontade no papel. Isso sem contar que ele é a lata de Jack Sparrow.

Nota: 4/10

Felipe Edlinger
04 de setembro de 2007

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