
(Grease)
Dirigido por Randal Kleiser
Grease foi um filme que marcou época e ninguém discorda disso. Tanto que serve, até hoje, como tema para festas de colégio e festas à fantasia. A idolatria de Grease e outros filmes do gênero influenciou gerações de apaixonados pela eterna década de 1950, com a visão de inocência e petulância, característicos da época.
Parte integrante da cultura pop desde a década de 1970, ainda forte nos dias de hoje, as referências ao filme podem ser vistas em todos os lugares, desde parques de diversão à penteados, de saias prendadas e jaquetas clássicas a carrões envenenados e coloridos. Até mesmo uma lista de seriados enlatados derivou da (s) moda (s) de Grease.
A verdade é que Grease não é o primeiro nem o último filme a abordar a mesma temática, mas, sob diversos aspectos, é único. Lembra, em muitos Lords of Flatbush (1974), com Sylvester Stallone, assim como deve ter sido inspiração para Cry Baby (1990), com Johny Depp. Fez tanto sucesso, que ganhou uma continuação em 1982, com Michelle Pfeiffer, em seu primeiro papel de destaque no cinema, porém sem nenhuma relevância e conseqüentemente, sem o mesmo glamour e repercussão do original.
Grease conta a história de Danny Zuko (John Travolta) e Sandy Olsson (Olivia Newton-John), um casal de adolescentes, que se conhecem na praia, e se apaixonam perdidamente. Ele é o mandachuva de uma típica "gangue" de adolescentes dos anos 1950, ela é uma estudante de intercâmbio da Austrália. Pensando que o verão era tudo que tinham, eles se entregam um ao outro. Porém, por uma virada do destino, ela fica nos EUA e vai para Rydell High, a mesma escola em que Zuko estuda. Quando chega lá e reencontra Zuko, eles passam por uma fase de transformação, ela em se encaixar no novo cenário, ele em continuar sendo o líder descolado dos T-Birds, sem demonstrar que está apaixonado.
Os números musicais, as danças coreografadas e a seqüencia musical excelente (o CD é ótimo!) criaram uma referência eterna para músicas inocentes e de época. A clássica abertura em desenho animado é extremamente inspirada e adequada para a representação da época, transcrevendo com graça e humor a trama do filme, ao som de Frank Valli, com a dançante música-tema do filme.
Os grupos colegiais dos T-Birds e das Pink Ladies são um dos pontos característicos da produção, que deixaram os meninos e meninas alucinados pelo visual icônico dos personagens. As roupas de couro preto, os jeans apertados, os bad boys, os carros com rabo de peixe, os rebolados inconfundíveis, os penteados a la Barrados no Baile. Não tem como confundir, é Grease.
As músicas eram (e continuam sendo) tão contagiantes e marcantes que geraram inúmeras versões e adaptações, influenciando uma série de novas bandas e ritmos. Até mesmo inusitadas gravações apareceram, como a versão para We Go Together, da conhecida banda de ska, Less Than Jake, com um ritmo mais acelerado e pesado para a música de fechamento do filme.
Entre os grandes sucesso estão a própria Grease, a bacanérrima Summer Nights, interpretada por Travolta e Newton-John), Hopelessly Devoted to You, Look at Me I'm Sandra Dee, You're the One I Want, Greased Lightining, e a ótima e já citada We Go Together, todas escritas especialmente para o longa-metragem. Isso sem contar com as clássicas Love is a Many Splendored Thing, Blue Moon, La Bamba e Whole Lotta Shakin' Goin' On. Um Show!
Grease foi indicado para inúmeros prêmios nos EUA, de melhores atores à melhor filme, porém sem ganhar nada de importante, o que não impediu a produção de cair nas graças do público e virar um sucesso imediato e, praticamente, imortal. Custou pouco mais de 6 milhões de dólares e arrecadou algo em torno de 360 milhões, em feito para a época. Por muito tempo ficou atrás apenas de Tubarão (1975) e o primeiro Star Wars (1977), em termos de arrecadação de bilheteria.
O diretor Randal Kleiser saiu da morosidade dos trabalhos para TV (entre eles, alguns capítulos da série Starsky & Hutch) para comandar o que seria um de seus maiores sucessos. Grease (1978) antecedeu o estrelato de Brooke Shields em A Lagoa Azul (1980) e a aventura adolescente espacial O Vôo do Navegador (1986). Depois disso, o diretor não teve mais os repentes de sucessos de seus anos iniciais, sendo responsável por obras descartáveis como Caninos Brancos (1991) e a comédia Querida, Estiquei o Bebê (1992).
A adaptação da obra da Broadway de 1972 (sim, Grease é uma peça de teatro...) foi o primeiro dos dois trabalhos dos roteiristas Bronte Woodard e Allan Carr. O segundo foi um desprezível musical para o grupo Village People. Nada mal, e muito mal, para início e término de carreira.
O sucesso do filme fez parte importante no processo de transformação de John Travolta em astro e ídolo, logo após Os Embalos de Sábado a Noite, do ano anterior. Ele, ainda magrinho e imberbe, praticamente um iniciante, passou a fazer parte do imaginário feminino por seus personagens sensuais e da inspiração masculina como algo a ser perseguido.
Depois de Carrie, A Estranha, de Brian de Palma, em que interpretada o pretenso par de Sissy Spacek, Travolta engatilhou dois de seus maiores sucessos, responsáveis pela sua meteórica ascensão em Hollywood. Depois, não parou mais e hoje é um dos atores mais requisitados do cinema americano, após um ressurgimento na obra prima de Quentin Tarantino, Pulp Fiction, Tempos de Violência.
Olivia Newton-John, por sua vez, chegou a estrelar um outro musical, Xanadu, com menos repercussão, mas idolatrado por muitos. Porém, dedicou-se mais a carreira de cantora do que de atriz. Ainda chegou a atuar novamente com John Travolta em Embalos a Dois (1983), porém sem a mesma chama e carisma vistos em Grease.
Curiosamente, os papéis principais de Danny Zuko e Sandy Olsson foram entregues a outros atores durante a escolha do elenco. Por felicidade de todos, alguns atores foram reprovados e outros rejeitaram os papéis, o que fez com que John Travolta e Olivia Newton-John protagonizassem a obra. Sorte nossa, sorte deles.
Curiosidade que, sempre preocupada em utilizar atores em faixas etárias adequadas, Hollywood sempre teve uma restrição para atores muito velhos ou muito novos para determinados papéis. Não foi o que aconteceu com Grease. Para uma trama colegial, praticamente todo o elenco estava bem acima da idade escolar, sendo que Netwon-John já tinha 29 anos e Travolta, 24.
O filme foi relançado em 1998 como parte das comemorações dos 20 anos do filme e, claro, como oportunidade para faturar mais alguns dólares, com os fãs mais novos da produção. Em 2008 foi lançado em DVD em edição mais do que especial, sendo que a embalagem do disquinho era a reprodução de uma jaqueta dos T-Birds.
A verdade é que Grease é referenciado até hoje por muitos fãs das antigas, já na casa dos 50 anos, e por uma considerável trupe de jovens, que descobriram no filme um lugar onde (e quando) poderiam ter sido mais felizes, frente as dificuldades e falta de inocência dos anos atuais. É uma ode ao saudosismo, mesmo para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de viver aqueles dias.
Nota: 6,9/10
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Bronte Woodard & Allan Carr
Elenco: John Travolta & Olivia Newton-John & Stockard Channing & Jeff Conaway & Barry Pearl & Michael Tucci & Didi Conn
Estréia: Junho de 1978
Gênero: Comédia & Musical & Romance
Duração: 110 minutos
Distribuidora: Paramount Pictures
Dirigido por Randal Kleiser
Grease foi um filme que marcou época e ninguém discorda disso. Tanto que serve, até hoje, como tema para festas de colégio e festas à fantasia. A idolatria de Grease e outros filmes do gênero influenciou gerações de apaixonados pela eterna década de 1950, com a visão de inocência e petulância, característicos da época.
Parte integrante da cultura pop desde a década de 1970, ainda forte nos dias de hoje, as referências ao filme podem ser vistas em todos os lugares, desde parques de diversão à penteados, de saias prendadas e jaquetas clássicas a carrões envenenados e coloridos. Até mesmo uma lista de seriados enlatados derivou da (s) moda (s) de Grease.
A verdade é que Grease não é o primeiro nem o último filme a abordar a mesma temática, mas, sob diversos aspectos, é único. Lembra, em muitos Lords of Flatbush (1974), com Sylvester Stallone, assim como deve ter sido inspiração para Cry Baby (1990), com Johny Depp. Fez tanto sucesso, que ganhou uma continuação em 1982, com Michelle Pfeiffer, em seu primeiro papel de destaque no cinema, porém sem nenhuma relevância e conseqüentemente, sem o mesmo glamour e repercussão do original.
Grease conta a história de Danny Zuko (John Travolta) e Sandy Olsson (Olivia Newton-John), um casal de adolescentes, que se conhecem na praia, e se apaixonam perdidamente. Ele é o mandachuva de uma típica "gangue" de adolescentes dos anos 1950, ela é uma estudante de intercâmbio da Austrália. Pensando que o verão era tudo que tinham, eles se entregam um ao outro. Porém, por uma virada do destino, ela fica nos EUA e vai para Rydell High, a mesma escola em que Zuko estuda. Quando chega lá e reencontra Zuko, eles passam por uma fase de transformação, ela em se encaixar no novo cenário, ele em continuar sendo o líder descolado dos T-Birds, sem demonstrar que está apaixonado.
Os números musicais, as danças coreografadas e a seqüencia musical excelente (o CD é ótimo!) criaram uma referência eterna para músicas inocentes e de época. A clássica abertura em desenho animado é extremamente inspirada e adequada para a representação da época, transcrevendo com graça e humor a trama do filme, ao som de Frank Valli, com a dançante música-tema do filme.
Os grupos colegiais dos T-Birds e das Pink Ladies são um dos pontos característicos da produção, que deixaram os meninos e meninas alucinados pelo visual icônico dos personagens. As roupas de couro preto, os jeans apertados, os bad boys, os carros com rabo de peixe, os rebolados inconfundíveis, os penteados a la Barrados no Baile. Não tem como confundir, é Grease.
As músicas eram (e continuam sendo) tão contagiantes e marcantes que geraram inúmeras versões e adaptações, influenciando uma série de novas bandas e ritmos. Até mesmo inusitadas gravações apareceram, como a versão para We Go Together, da conhecida banda de ska, Less Than Jake, com um ritmo mais acelerado e pesado para a música de fechamento do filme.
Entre os grandes sucesso estão a própria Grease, a bacanérrima Summer Nights, interpretada por Travolta e Newton-John), Hopelessly Devoted to You, Look at Me I'm Sandra Dee, You're the One I Want, Greased Lightining, e a ótima e já citada We Go Together, todas escritas especialmente para o longa-metragem. Isso sem contar com as clássicas Love is a Many Splendored Thing, Blue Moon, La Bamba e Whole Lotta Shakin' Goin' On. Um Show!
Grease foi indicado para inúmeros prêmios nos EUA, de melhores atores à melhor filme, porém sem ganhar nada de importante, o que não impediu a produção de cair nas graças do público e virar um sucesso imediato e, praticamente, imortal. Custou pouco mais de 6 milhões de dólares e arrecadou algo em torno de 360 milhões, em feito para a época. Por muito tempo ficou atrás apenas de Tubarão (1975) e o primeiro Star Wars (1977), em termos de arrecadação de bilheteria.
O diretor Randal Kleiser saiu da morosidade dos trabalhos para TV (entre eles, alguns capítulos da série Starsky & Hutch) para comandar o que seria um de seus maiores sucessos. Grease (1978) antecedeu o estrelato de Brooke Shields em A Lagoa Azul (1980) e a aventura adolescente espacial O Vôo do Navegador (1986). Depois disso, o diretor não teve mais os repentes de sucessos de seus anos iniciais, sendo responsável por obras descartáveis como Caninos Brancos (1991) e a comédia Querida, Estiquei o Bebê (1992).
A adaptação da obra da Broadway de 1972 (sim, Grease é uma peça de teatro...) foi o primeiro dos dois trabalhos dos roteiristas Bronte Woodard e Allan Carr. O segundo foi um desprezível musical para o grupo Village People. Nada mal, e muito mal, para início e término de carreira.
O sucesso do filme fez parte importante no processo de transformação de John Travolta em astro e ídolo, logo após Os Embalos de Sábado a Noite, do ano anterior. Ele, ainda magrinho e imberbe, praticamente um iniciante, passou a fazer parte do imaginário feminino por seus personagens sensuais e da inspiração masculina como algo a ser perseguido.
Depois de Carrie, A Estranha, de Brian de Palma, em que interpretada o pretenso par de Sissy Spacek, Travolta engatilhou dois de seus maiores sucessos, responsáveis pela sua meteórica ascensão em Hollywood. Depois, não parou mais e hoje é um dos atores mais requisitados do cinema americano, após um ressurgimento na obra prima de Quentin Tarantino, Pulp Fiction, Tempos de Violência.
Olivia Newton-John, por sua vez, chegou a estrelar um outro musical, Xanadu, com menos repercussão, mas idolatrado por muitos. Porém, dedicou-se mais a carreira de cantora do que de atriz. Ainda chegou a atuar novamente com John Travolta em Embalos a Dois (1983), porém sem a mesma chama e carisma vistos em Grease.
Curiosamente, os papéis principais de Danny Zuko e Sandy Olsson foram entregues a outros atores durante a escolha do elenco. Por felicidade de todos, alguns atores foram reprovados e outros rejeitaram os papéis, o que fez com que John Travolta e Olivia Newton-John protagonizassem a obra. Sorte nossa, sorte deles.
Curiosidade que, sempre preocupada em utilizar atores em faixas etárias adequadas, Hollywood sempre teve uma restrição para atores muito velhos ou muito novos para determinados papéis. Não foi o que aconteceu com Grease. Para uma trama colegial, praticamente todo o elenco estava bem acima da idade escolar, sendo que Netwon-John já tinha 29 anos e Travolta, 24.
O filme foi relançado em 1998 como parte das comemorações dos 20 anos do filme e, claro, como oportunidade para faturar mais alguns dólares, com os fãs mais novos da produção. Em 2008 foi lançado em DVD em edição mais do que especial, sendo que a embalagem do disquinho era a reprodução de uma jaqueta dos T-Birds.
A verdade é que Grease é referenciado até hoje por muitos fãs das antigas, já na casa dos 50 anos, e por uma considerável trupe de jovens, que descobriram no filme um lugar onde (e quando) poderiam ter sido mais felizes, frente as dificuldades e falta de inocência dos anos atuais. É uma ode ao saudosismo, mesmo para aqueles que nunca tiveram a oportunidade de viver aqueles dias.
Nota: 6,9/10
Direção: Randal Kleiser
Roteiro: Bronte Woodard & Allan Carr
Elenco: John Travolta & Olivia Newton-John & Stockard Channing & Jeff Conaway & Barry Pearl & Michael Tucci & Didi Conn
Estréia: Junho de 1978
Gênero: Comédia & Musical & Romance
Duração: 110 minutos
Distribuidora: Paramount Pictures
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por Felipe Edlinger
09 de dezembro de 2008
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por Felipe Edlinger
09 de dezembro de 2008
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