quarta-feira, 23 de julho de 2008

[MovRev] Fakers

(Fakers)

Dirigido por Richard Janes

Diretores britânicos costumam ser bacanas, como Guy Ritchie, marido de Madonna, e Danny Boyle. Filmes britânicos costumam ser cool, como Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes, Snatch, Cova Rasa, Trainspotting e tantos outros pela terra da rainha à fora. Mesmo com reconhecimento de crítica (que muitas vezes não vale nada!), diretores e filmes ingleses viram celebridades devido a intensa propaganda boca-a-boca, que repercute um novo bom trabalho.

Este Fakers, sem tradução para o português, mas algo como Falsários, tem muito das atrações desses filmes ingleses mais cultuados: trama engraçada, história cheia de reviravoltas, sacadas espertas, interpretações despojadas, parcelas de ação non-stop, câmera angulosa e filmagem cheia de efeitos de câmera. E o que não poderia faltar, aquele sotaque britânico quase ininteligível e, praticamente, inconfundível.

Nick Edwards (Matthew Rhys) é um peixe-pequeno da máfia londrina que deve 50 mil libras a um chefão do crime local. Jurado de morte caso não pague a dívida nos próximos quatro dias, ele não consegue encontrar uma maneira de quitar sua dívida. Sua sorte parece mudar quando ele percebe o dom do irmão de sua ex-namorada em copiar desenhos. Ao encontrar o último rascunho do artista italiano Antonio Fraccini, dentro de uma maleta de pintura, eles falsificam os rascunhos para revendê-los para galerias de arte e alcançar a quantia devida aos mafiosos. Porém, no meio do caminho, ele ainda tem que enfrentar a ganância da sua ex-namorada, a polícia, negociadores de arte e, claro, os próprios mafiosos.

Fakers é um filme charmoso ao seu próprio nível, atém mesmo porque tem o jeitão de um típico filme de baixo orçamento. Apesar do estilo de direção já ser consagrado, como comprovado nos filmes do Sr. Madonna, Guy Ritchie, e o tema não ser nenhuma novidade (Incógnito, de 1997, com Jason Patricl, já tratava da falsificação de pinturas famosas, porém, de nível muito maior, um Rembrandt), a produção consegue reter o interesse e a atenção do público, sem maiores esforços.

Praticamente a única realização de Richard James como diretor de longa-metragens, ele consegue a proeza de realizar um bom trabalho logo na primeira tacada, coisa que poucos podem fazer, apesar de todos quererem. É ajudado ainda pelo roteiro de Paul Gerstenberger, também como resultado de um trabalho de marinheiro de primeira viagem. Prova de que os britânicos transpiram talento para a arte pop.

Os atores principais são todos nascidos na Inglaterra, garantindo a essência do humor local, neste filme, que, particularmente, me agrada e muito. Participantes de produções menores, conseguem seu lugar ao sol nos papéis de protagonistas pela primeira vez.

A música colabora em muito com a atmosfera de comédia, com efeitos sonoros que fazem rir apenas pelo estímulo do sentido da audição.

O efeito pop é uma parte que amarra o coração dos espectadores como, por exemplo, utilizar um carrinho charmoso, como o que acontece em Saída de Mestre, onde um Mini Cooper é utilizado, Aqui, a presença é do concorrente, o SMART, um carrinho bacaninha e muito agradável. Assim como o carro, o filme é de pequeno porte, porém, muito simpático.

Nota: 6/10

Direção: Richard Janes
Roteiro: Paul Gerstenberger
Elenco: Matthew Rhys & Kate Ashfield & Tom Chambers & Tony Haygarth & Art Malik
Estréia: Novembro de 2004
Gênero: Comédia & Crime
Duração: 85 minutos
Distribuidora: ContentFilm International
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por Felipe Edlinger
23 de julho de 2008
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