domingo, 9 de dezembro de 2007

[MovRev] Escorregando para a Glória

(Blades of Glory)

Directed by Josh Gordon

Gosto muito do Will Ferrell, gosto mesmo. A grande maioria de seus filmes me faz rir sem parar, às vezes, até meu estômago doer ou meus olhos lacrimejarem.
Agora, este Escorregando para a Glória foi realmente uma escorregada monstruosa. Tudo bem que os filmes dele não fazem muito sucesso aqui no Brasil porque os temas não são muito bem do nosso conhecimento, como O Âncora, Ricky Bobby, Zoolander e o último Blades of Glory.

Mesmo assim, ele é capaz de encorporar personagens que fazem rir, sim, principalmente pelo fato de fazer estereótipos tão absurdos que tornam os filmes (quase sempre com tramas bisonhas) mais "comestíveis".
Porém, neste Escoregando, seu personagem é absurdo demais, exagerado demais, sem alma, sem carisma, sem nada... E o mesmo pode se dito de John Heder que, em minha singela opinião, apenas conseguiu algo diferente em Napoleon Dynamite, e mais nada. Caso duvidem, confiram Os Esquenta Bancos ou Escola de Idiotas. Vocês me darão razão.

Como eu já disse, a trama é, talvez, uma das mais absurdas e inconcebíveis de todos os tempos em uma comédia. É certo que uma comédia precisa encantar e fazer rir, seja uma comédia singela, com moldes nos antigos clássicos, escatológica, que tenha piadas sobre animais, reviravoltas, ou qualquer outro assunto, mas contar a história de rivais mortais em um ringue de patinacão artística foi demais.
Aliás, rivais (idiotas e sem carisma) que são retratados como senhores absolutos do gelo, como se fossem Neto e Evair dos bons clássicos entre Corinthians (agora na segunda divisão, até que enfim) e Palmeiras nos gramados, que, após serem expulsos de suas categorias, unem-se para competir pelo ouro olímpico na categoria duplas. Sim, dois homens.

O desenrolar do filme é insosso e não trás nada de novo ao mundo do cinema. É até mais insosso que a própria expressão de John Heder e que o corpão-barrigão de Will Ferrel. Realmente, sem graça alguma.
No final, acredito que eu tenha contado duas ou três cenas que tiveram alguma graça, e quando digo graça significa que consegui expressar um pequeno sorriso.

Se você estava procurando mais uma comédia ácida, sarcástica e irônica de Will Ferrel, pode tirar toda a boiada da chuva, esta não é uma delas. Pra falar a verdade, nem sei como Luke Wilson foi convencido a fazer um pequeno papel como o conselheiro dos Viciados em Sexo, grupo estilo A.A. que Will Ferrell frequenta.

Bons tempos de Anos Incríveis (Old School), O Âncora, Ricky Bobby, e até O Elfo. É, Will, acho que você precisa de uma consultoria.

Nota: 3/10

Felipe Edlinger
09 de dezembro de 2007

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