...e assim caminha a humanidade...

"Não tenha medo da perfeição. Você nunca vai atingí-la." (Salvador Dali)
"Et quacumque viam dederit fortuna sequamur." (Virgílio)
"Always think about a coloured tequila sunrise life." (Felipe Edlinger)
"Foda-se a balada, o que importa é a companhia." (Felipe Edlinger)
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domingo, 24 de fevereiro de 2008

[MovRev] Rambo IV

(Rambo)

Directed by Silvester Stallone

Quando os rumores surgiram dizendo que Silvester Stallone iria reencarnar seus maiores sucessos, inicialmente com Rocky e depois com Rambo, confesso que olhei com certa desconfiança, uma vez que Sly já se encontrava com mais de 60 anos.

Filmes de ação com sexagenários, normalmente, só funcionam com Clint Eastwood, mas quando conferi Rocky Balboa, tive que mudar um pouco meus conceitos e pré-conceitos porque o filme é tão bom quanto o iconográfico Rocky: Um Lutador, de 1976, com uma temática um pouco diferente do "lutador que supera tudo e se sagra campeão".

Porém, Rambo IV é uma outra história...

Enquanto os filmes de Rocky Balboa sempre mostraram histórias paralelas à ação, como preparação, reflexão e superação na vida (para depois chegar na porradaria final), os filmes do Rambo sempre foram acerca de pancadarias, explosões, mortes e o exército de um homem só, que ganhou fama com os heróis de ação na década de 80.

Foi por isso que iniciei assistindo ao filme pensando nisso, Rambo em seu melhor, armado até os dentes. Porém, 19 anos depois da última aventura (Rambo III, de 1988), vi o contrário, um herói mais apaziguado, de bem com a vida e evitando quaisquer tipos de encrencas.

A história gira em torno de John Rambo, veterano do Vietnã, que leva uma vida reclusa na Tailândia, depois de inúmeras missões suicidas e vivência sempre perto da morte e do caos. Depois de relutar, transporte em seu barco um grupo de missionários cristãos até Burna, zona de guerra por mais de 50 anos. Quando fica sabendo que os cristãos foram tomados como prisioneiros do psicótico Major Pa Tee Tint, Rambo une forças com um grupo de mercenários, contratados pelo Ministro responsável pelos missionários, para resgatar os prisioneiros.

As cenas de batalhas até são bem coreografadas e os efeitos especiais são eficientes, incluindo uma "brincadeira" cruel com prisioneiros birmaneses, que deixa qualquer um de cabelo em pé e revoltado. Porém, pareceria apenas mais um filme de guerra... mas, não, este filme tem Rambo!

Novamente, quando todos esperamos Rambo como bem conhecemos, não é exatamente o que acontece. John Rambo somente entra realmente em ação após quase 50 minutos de filme, com exceção de umas mortezinhas na base do todo-mundo-ameaçado movimento-rápido Rambo-rouba-revólver mata-todos-homens-maus.

Boa parte da ação se passa à noite, o que pode ser uma estratégia para disfarçar as performances do nosso herói. E, infelizmente, as cenas de estratégia de combate corpo à corpo (marca registrada do personagem) nem ao menos estão presentes no longa. A ação do boina verde se resume a utilização de uma metralhadora na parte final do filme.

Pode ser que a idade tenha, no final, alcançado Sly nesta empreitada, o que não é vergonha para ninguém, muito menos pra ele que escreveu, dirigiu e estrelou o ótimo e último (será?) filme do lutador de boxe mais famoso do cinema. Mas esse Rambo não deu nem para o cheiro, mesmo porque o visual de velho fortão de botóx, usando faixinha no cabelo não colou de jeito maneira.

Bem, como um revival, ainda está valendo, porém, para os que verão o personagem pela primeira vez, recomendo passarem longe, ou apenas verem por curiosidade, sem grandes expectativas de ver o tal Rambo.

Ao menos, a produção serviu como escola para Stallone, que também assina a direção do longa. Tomara que isso o ajude a nos dar mais Rocky Balboas. Uma pena que a música tema não está presente como antes, além do filme ser o primeiro da série sem contar com o ator Richard Crenna, morto em 2003, como Coronel Trautman, oficial superior do veterano nos filmes anteriores.

No final, não passa a vontade e saudade de rever o antigo herói. Só fico me perguntando qual será o próximo: "Falcão, o Campeão dos Campeões em A Queda de Braço Final" ou "Stallone Cobra, Mais Perigoso do que Nunca".

Nota: 4.5/10

Felipe Edlinger
24 de fevereiro de 2008

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

[MovRev] Espartalhões

(Meet the Spartans)

Directed by Jason Friedberg & Aaron Seltzer

Antes de mais nada, quem levaria a sério uma produção que recebe, para "Meet the Spartans", o nome ridículo, traduzido para o português, de Espartalhões? Tudo bem que não é sempre que acertamos nos títulos de filmes que trazem alguma piada embutida mas, desta vez, a capacidade mental foi muito longe.

Não vou fazer meandros, muito menos tentar ser simpático. Esta produção é, principalmente, uma paródia de "300", filmaço de Zack Snyder. Poderia até dar um bom material (e até rende algumas boas piadas), mas o resultado final não é agradável; são inúmeros outros filmes que sofrem como piadinhas infames e sem graça, como Homem-Aranha 3, Shrek 3, Motoqueiro Fantasma, Transformers, Cassino Royale, Happy Feet, e até o game GTA San Andreas, e os programas American Idol e Amerca's Next Top Model.

Algumas piadas podem até ser bem boladas, como a seleção dos bebês espartanos, a dancinha dos soldados indo para a Guerra contra Xerxes e a paródia do poço da morte, do "300" original. Porém, outras são tão ruins e sem graça que, mesmo para os americanos, que são sempre o foco dessas produções, as brincadeiras com a competição de dança de rua e a de xingamentos não conseguem extrair o mínimo riso.

E por falar em mau gosto, as referências à Britney Spears, Paris Hilton e Lindsay Lohan fizeram os escritores se auto-diplomarem como a ralé da mídia do sensacionalismo. E isso porque eu apenas tenho certa simpatia por Lindsay Lohan.

Apesar de ter sido escrito, dirigido e produzido pela galera (Jason Friedberg & Aaron Seltzer) co-responsável pela série Todo Mundo em Pânico, a produção não exprime o mínimo da genialidade do primeiro filme da (até agora) quadrilogia.

Na verdade, o filme é apenas um pouco menos ruim do que Histeria, lançado à mesma época do Todo Mundo em Pânico original, simplesmente pelo orçamento, aparentemente alto, alguns atores conhecidos e as poucas sacadas no roteiro.

Se ainda duvidam, uma prova disso são as totalmente desnecessárias personalizações de Homem-Aranha, Motoqueiro Fantasma e Rocky Balboa. Isso, sem contar com a encarnação de Xerxes na pele do horrendo Ken Davitian, o Azamat Bagatov, do filme Borat. Chega a ser tão bizarro quanto o personagem do filme de Sacha Baron Cohen.

E Carmem Electra, que poderia salvar o dia, no mínimo com o que fez de bom no Todo Mundo em Pânico original (a cena dela, de lingerie, fugindo do assassino molhada no jardim é inesquecível), não consegue mostrar a sua, digamos, graça, da época em que contracenava com David Hasselhoff e Donna D'Errico. Alguém lembra? Infelizmente, parece desgastada com o tempo, apesar dos singelos 35 anos.

No final, parece que realmente virou moda a produção de paródias com grandes filmes de sucesso, tendo em vista os recentes Deu a Louca em Hollywood e Uma Comédia Nada Romântica. E se a tendência for um novo filmes desses para cada dez blockbusters, não sei o que será dos nossos cérebros. Por outro lado, agradeçam que esse (huahuahua, risada irônica) Espartalhões dura apenas longos 60 minutos.

Nota: 2/10

Felipe Edlinger
22 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

[MovRev] Eu os Declaro Marido e... Larry

(I Now Pronounce You Chuck and Larry)

Directed by Dennis Dugan

Primeiro, qualquer filme com Adam Sandler já é um bom motivo para boas risadas, mesmo que as piadas sejam meio insossas; segundo, Kevin James vem provando que também consegue fazer rir, com personagens não tão espalhafatosos como o do colega de produção.

Porém, não sei, acredito que eles não acertaram a mão neste filme que fica no vai, não vai. A situação inusitada em que os dois se encontram rende piadas de extremo mau gosto, o que pode fazer a alegria da galera, principalmente dos que estão acostumados com o humor ácido de algumas das melhores comédias de Sandler.

Aqui, Sandler é Chuck Levine, e James é Larry Valentine, dois amigos bombeiros que trabalham juntos no Departamento de Bombeiros do Brooklyn há anos. Larry, que é viúvo, se vê em uma situação complicada quando não pode nomear seus dois filhos pequenos como beneficiários de seu seguro de vida. Então, para fraudar (com boas intenções) o sistema, ele pede a Chuck, que é um solteiro convicto e galinha, que jurou fazer qualquer coisa para o amigo após ter sido salvo por ele em um incêndio, a coisa mais inesperada possível: que se case com ele para que ele possa ser o seu beneficiário legal. E em caso de algum problema, ele poderia tomar conta dos filhos do amigo.

Enquanto James faz o estilo pai preocupado e dedicado, Sandler desta vez encara o tipo machão de plantão, extremamente estereotipado, que traça todas as mulheres do pedaço, além de comprar revistas pornôs e encomendar bonecas infláveis. Talvez pelo históricos dos filmes dele, este personagem não tenha apresentado a mesma graça de outros tão legais, como Billy Madison, Happy Gilmore, Sonny Koufax ou Henry Roth.

O leque de piadas é de tamanho mau gosto que fazem qualquer um dar risada de tão absurdas que são as situações, como por exemplo, o resgate do homem gordo no começo do filme, ou ainda a cena do chuveiro quando os sabonetes caem no chão. Por outro lado, existem tantas típicas gozações (sem trocadilhos, por favor!) de gays, que cansam um pouco, até mesmo para o mais preconceituoso dos fãs.

Desta vez, acredito que Adam Sandler tenha apelado. Não que eu esteja reclamando porque as piadas, apesar de pesadas, têm aquele senso de humor absurdo que os piores das séries Porky's e American Pie já tenham chegado, mas sim porque eu esperado algo mais light, típico de... bem, Adam Sandler.

Dois pontos fortes para este filme têm os nomes de Jessica Biel, deliciosa como a advogada que lutará pela causa dos dois pombinhos, e pela qual Sandler se apaixona, e Ving Rhames, o eterno durão secundário de filmes de ação, como Con Air e Missão Impossível 2. Jessica Biel porque está fabulosa e mostra todo o seu corpão natural (como ela mesma diz no filme) e protagoniza uma cena de strip-tease, com direito a "sinta meus peitos", que deixaria qualquer um de sentimentos duros, se bem me entendem. Por outro lado, Ving Rhames, o negão casca grossa, o carecão machão, bancando a bicha é algo que não se vê todo dia.

E enquanto isso, Steve Buscemi e Dan Aykroyd tentam pagar as contas do fim do mês...

Nota: 5/10

Felipe Edlinger
18 de fevereiro de 2008

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

[MovRev] Hitman - Agente 47

(Hitman)

Directed by Xavier Gens

Hitman - Agente 47 é um filme baseado em um jogo de videogames. Convenhamos que, normalmente, filmes criados a partir de jogos não têm um resultado muito bom, vide os dois Tomb Raiders, House of the Dead e Resident Evil. Porém para quem jogou ou não o jogaço Hitman, o filme é, sim senhores, um bom programa, mesmo para os que nem são fãs.

O filme trás a tipica trama de armação para cima de um agente secreto, como já vistas na série Missão Impossível e filmes derivados, mas que consegue prender a atenção e entusiasmar. Um assassino, que responde apenas por "47" (Timothy Oliphant), é contratado para eliminar o presidente russo; porém, quando está pronto para executar a missão, se encontra no meio de uma emboscada e de uma conspiração contra ele. Começa, então, uma luta pela sobrevivência, parecida com muitos outros filmes, como o recente Atirador, com Mark Wahlberg.

Timothy Oliphant, bad boy de carteirinha, desta vez interpreta o bom moço, matador de aluguel, que se encontra vítima da tal conspiração. Entre seus filmes estão os vilões bacanas de Show de Vizinha e Duro de Matar 4.0.
O visual puro e estéril do protagonista contraria sua natureza certeira e metódica, porém, se mantém fiel ao jogo. O estilo do matador, as roupas, ternos, gravatas vermelhas e camisas brancas fazem o personagem ser cool, mesmo sem ser o objetivo principal da produção, provando que os anti-heróis também podem render bons apelos junto aos fãs.

O diretor Xavier Gens não tem tanta experiência na direção, com apenas alguns curtas e dois longas na bagagem. Por outro lado, tem razoável história como diretor assistente de produções menores, incluindo alguns filmes de Jean Claude Van Damme, como A Colônia e Risco Máximo.

Como em qualquer jogo, a trilha sonora é uma atração a parte. Começa arregaçando com uma Ave Maria, de Schubert, delicada e sensível, em contraste às imagens de treinamento e lavagem cerebral de crianças que se tornarão assassinas, como o próprio agente 47. Mais pra frente, ela se transforma em uma trilha de videogame, com repetições e efeitos de impacto que povoam as várias cenas de ação.

E algo que torna o filme factível é que não existem super habilidades ou super poderes para o personagem de Oliphant, mas parece com alguém que foi treinado ao extremo por muito tempo e que faz as coisas objetivamente, não com movimentos de malabaristas ou firulas de Cirque du Soleil.

As cenas de luta são bem coreografadas, mas não são absurdas como as que utilizam as técnicas de cabos e outros efeitos especiais; porém, acabam muito mais rápidas do que normalmente acontece em filmes semelhantes. Mesmo assim, quebram o galho como bom exemplo de como colocar quatro assassinos para se digladiarem.

A câmera acelerada e os flashes agilizam ainda mais o filme e o clima de perseguição contra o tempo, entregando cenas obrigatórias em filmes de ação, com a intercalação de tomadas lentas e rápidas, com freqüência cada vez maior.
A duração da produção é na medida certa, com pouco mais de 1 hora e meia. Não cansa e não deixa entediado, e não deixa com gosto de quero mais.

Muitos poderão rever outros conhecidos na tela, como Robert Knepper, o T-Bag de Prison Break, que interpreta um investigador do governo Russo que se opõe a Dougray Scott, o ator que seria o Wolverine nas telonas e que, para nossa felicidade, se machucou em MI:2 e deu lugar a um tal de HUgh Jackman.
Como não poderia faltar, uma belíssima russa (na verdade, ucraniana) interpreta a Agent 47 girl (se James Bond pode, por quê ele também não pode?), Olga Kurylenko. Aliás, coincidência à parte, ela também estrelará o próximo filme de Daniel Craig como o agente 007, Quantum of Solace.
Mais um conhecido do grande público é Henry Ian Cusick, mais conhecido como o "brother" Desmond, da série sucesso Lost, de J.J. Abraham.

E o fato da trama se passar na Rússia, em ótimas locações como Saint Pitsburg e Moscou, cria um clima de curiosidade e fascínio, uma vez que uma das metades da Guerra Fria não é tão conhecida dos brazucas. Além disso, qualquer produção que tenha locações em Istanbul, na Turquia, também merece destaque.

Nota: 6.5/10

Felipe Edlinger
14 de fevereiro de 2008

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

[Jokes] Cérebro de Homens

No cérebro de um homem estava um neurônio sozinho.
Um dia, um outro neurônio passa por lá meio apressado...
O neurônio solitário diz:
- Olá! Tudo bem? Como vai? Prazer em vê-lo! Vamos conversar?
O neurônio que passeava pelo cérebro estranha a hospitalidade e responde:
- Olá, companheiro! Posso saber o motivo de tanta felicidade ao me ver?
- Quer saber? Você é o primeiro neurônio que vejo passar por aqui depois de décadas... Estou sozinho há tanto tempo nesse maldito cérebro...
- Mas espera aí... há quanto tempo você está aqui solitário?
- Bem... Desde sempre... Sempre estive aqui...
- Cara, mas você é burro ou o quê? Meu, desce pro pinto... Tá todo mundo lá!!!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

[Felipe's MFQ] Finding Graceland

Ashley:
"Everybody needs guidance. What difference does it make if you get it from Jesus, Buddha or Elvis?"

1998. Bridget Fonda in Finding Graceland
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